quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A verdade !!!

Desde cedo aprendemos nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que uma mentira no Mundo dos Desejos «é tanto um crime como um suicídio», pois não só destrói o que falsamente representa, como também se destrói a si mesma no processo.
Não amamos o ser humano ou a Deus quando mentimos. Se vamos amar o próximo como a nós mesmos, então comecemos por fornecer respostas verdadeiras, que nós próprios acharíamos aceitáveis — nem mais nem menos, a quem quer que seja. Dizer a verdade tanto aos que amamos como aos que não amamos é uma maneira de realizar as máximas «Faz aos outros como gostarias que te fizessem a ti» e «Ama o teu inimigo», tal como é ensinado no Sermão na Montanha (Mateus, caps. 5 a 7).
O apóstolo Tiago escreveu: «Aquele que não peca no falar é homem perfeito, capaz de pôr freio ao corpo todo»(Tiago 3, 2).
Antes de começarmos a “dizer a verdade”, precisamos de ter cautela para não nos excedermos. Se não pudermos ser objectivos, não podemos dizer a verdade. Um pensamento forma do acontecimento já foi gravado, independentemente da nossa percepção.

Opiniões subjectivas e negativas não são «a verdade», por muito que acreditemos nelas ou por muito que as repitamos. Uma opinião negativa é um dado a que se juntou um pensamento negativo e, na maior parte dos casos, o resultado é um julgamento precipitado. As mentiras são perigosas, sobretudo as «mentiras nocivas e maliciosas, que podem acabar com alguma coisa boa, se forem suficientemente fortes e repetidasvezes bastantes
Podemos tentar desculpar o mentiroso, dizendo «Ele só quer chamar atenção.» Como podemos sabê-lo? Dizemo-lo porque achamos mais fácil e estamos irritados. A verdade nem sempre é a primeira prioridade; insistir em ser verdadeiro pode ser inconveniente. Requer a nossa atenção quando podemos nem estar interessados. Os nossos julgamentos súbitos, oriundos de contrariedades e impaciência não estão de acordo com as coisas como realmente são. Uma vez proferidas, as mesmas conclusões, muitas vezes precipitadas, são repetidas mais fácil e frequentemente.
Dizer «a verdade» não significa usar as nossas competências analíticas para encontrar falhas nos outros e denunciá-las, muitas vezes com pouca generosidade de espírito. Como estudantes Rosacrucianos esforçamo-nos por «falar, agir e ver apenas o que é bom nos nossos relacionamentos diários com os outros.»

Somos instruídos para ver o lado positivo em qualquer situação, pois ao fazê-lo o que é positivo fortifica-se. A verdade sobre uma situação ou pessoa, quando identificada e proferida, sairá reforçada. Um professor de Matemática reformado, um ateu que pouco beneficiava do conhecimento das leis espirituais, verificou que tudo aquilo que nos torna gratos, promove crescimento.

Dizer a verdade é muitas vezes uma experiência de humildade; a tentação da mentira é frequentemente utilizada para com alguém que sentimos como nosso adversário. Por essa razão, quando dizemos a verdade mostramos respeito pela pessoa a quem teríamos a tentação de negá-la, sobretudo se essa a verdade nos apontar algum erro.

Dizer a verdade nem sempre é fácil e pode ser prejudicial para a nossa reputação, até para a nossa vida, e pode exigir uma fé que simplesmente não possuímos. Que fazer, então? Não dizermos a verdade? Todavia o mínimo que podemos fazer é não mentir a nós mesmos num esforço para justificar uma mentira, e saber a diferença entre um pretexto e uma justificação.

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